Gritar com os filhos é algo que, usualmente, acaba por acontecer na relação entre o adulto e a criança. A paciência nem sempre ajuda na resolução de conflitos e, se formos honestos, as atitudes infantis também podem tirar os pais do sério.
Se quer saber as melhores dicas para controlar a sua impaciência e resolver estes problemas sem gritar com os filhos, venha conhecê-las com o Bebé a Bordo.
O século XXI terá trazido consigo muitas vantagens. O maior conhecimento sobre nutrição ou sobre os cuidados com o bebé; a facilidade de acesso a informação ou o apoio encontrado junto das apps para mães são exemplos de formas como o mundo atual tenta ajudar a cuidar dos filhos.
Ainda assim, não nos enganemos, a dinâmica do mundo, onde o tempo escasseia, em corridas desleais contra os ponteiros do relógio não é sempre positiva. Hoje, a ansiedade e o stress que se acumulam, promovem reações que oscilam entre a criação de bebés estufa e crianças mimadas que elencam nas colossais birras dos 2 aos 3 anos.
Perante as atitudes menos positivas das crianças, a reação de muitos pais pode ser algo explosiva, fazendo com que, em vez de educar, estes pais acabem – ainda que de forma inadvertida e inconsciente – por fazer dos gritos e repreensões a primeira arma para combater as atitudes de que mais desgostam nos filhos.
Gritar com os filhos é, hoje, quase uma parte inerente de ser pai; havendo a tendência para libertar, desta forma, não só o descontentamento face às atitudes dos pequenos mas também as frustrações quotidianas, acumuladas ao longo dos dias de trabalho.
Ao extravasarem, desta forma, o seu descontentamento, os pais correm o risco de criar, com os seus filhos, um relacionamento ancorado no medo, que pode criar crianças com baixa autoestima ou mesmo gerar uma depressão infantil.
É muito importante, desta forma, que os pais aprendam a gerir as suas próprias emoções, atuando no sentido de controlar a sua impaciência e encontrando alternativas educacionais que estimulem um melhor relacionamento com as crianças, com base no respeito, onde o medo não se encontre no centro da relação.
Se quer saber as melhores dicas para evitar gritar com os filhos e evitar estas explosões emocionais face aos momentos menos positivos da sua criança, este artigo foi criado especialmente a pensar em si.

1. Dicas para evitar gritar com os filhos: Olhe para dentro
Muitas crianças acusam os adultos de “não compreenderem as crianças” e, se olharmos para dentro e fizermos um exercício de análise a nós mesmos, compreenderemos que elas não estão totalmente erradas.
O primeiro passo para evitar gritar com os filhos passa, por isso, por um olhar interior, de autoanálise, que permita aos pais uma melhor consciência sobre as suas próprias debilidades enquanto pessoas.
A consciência de que também foram crianças e de que não existe ninguém perfeito, independentemente da idade, pode ajudar a retomar o controlo perdido e evitar que acabe a gritar com os filhos.
2. Reconheça a existência de “pontos gatilho”
Os “pontos de gatilho” (em inglês, “triggers”) são os aspetos concretos que despoletam uma reação específica e, neste caso, os gritos com as crianças.
Se conseguir perceber quais os momentos e situações que fazem com que perca a paciência e aja de forma impensada, terá mais facilidade em controlar-se nesse tipo de situações.
O controlo do seu temperamento perante as atitudes do seu filho que o irritam será muito importante para que consiga controlar o impulso negativo que o leva a gritar com a criança. (1)
3. Adote uma estratégia assertiva
Mais fácil do que gritar com a criança – e também mais útil – será a adoção de uma estratégia assertiva.
Perante uma atitude incorreta, por parte do seu filho, deverá tentar explicar-lhe o erro e, se necessário, castigá-la pelo mesmo. Ainda que aplique o castigo, deve recordar que é importante que a criança compreenda a razão da punição, para que a sua atitude, no futuro, possa adaptar-se à nova aprendizagem.
A assertividade, no entanto, não é algo que deva aplicar apenas em momentos negativos. Se uma atitude errada corresponde a uma punição, é importante que reforce e valorize também os bons comportamentos, nomeadamente através de elogios.
4. Dicas para evitar gritar com os filhos: Procure outras formas de comunicar
Gritar com os filhos é uma reação comum perante o stress e a ansiedade dos nossos dias mas, enquanto adultos, é importante que adotemos outras estratégias de comunicação.
Falar com os filhos, tentando explicar a situação e expor as razões pelas quais está irritado poderá ser muito útil. Nesta conversa, deverá explicar a dicotomia entre bom e mau e entre comportamento correto ou errado.
Poderá recorrer, consoante a idade do seu filho, a alguns dos seus bonecos animados favoritos para o ajudar a compreender as situações a que se refere. (2)
A busca pela comunicação com a criança não só irá ajudar a resolver o problema que gerou a sua impaciência como ajudará no desenvolvimento emocional e no desenvolvimento cognitivo da criança, estimulando ainda a sua empatia e capacidade de raciocínio.
5. Adote estratégias para se acalmar
Ainda que o seu filho tenha a capacidade de o tirar do sério, a verdade é que tem em si todas as ferramentas necessárias para garantir que não acabará esta a história a gritar com ele.
Existem várias estratégias que pode usar para tentar acalmar-se. Respirar fundo, “contar até 10” ou simplesmente sair da divisão durante alguns minutos pode ajudá-lo a recompor-se para evitar os gritos indesejados. (3)
6. Tente descansar mais
É necessário, quando se irrita, que pense bem se o motivo pelo qual está a sentir-se dessa forma não é, na verdade, fruto de um acumular de situações stressantes, que espicaçam a sua ansiedade.
Gritar com os filhos pode ser um claro indicador de ansiedade e enunciar uma grande pressão e fadiga emocional.
Desta forma, é muito importante que procure dar a si mesmo alguns momentos de descanso, que lhe permitam a reposição de energia e o deixem lidar de forma mais calma com as situações que desencadeiam respostas emocionais mais intensas.
Dormir durante mais horas ou guardar, para si, um momento do dia (para praticar ioga ou simplesmente fazer uma caminhada) poderá ajudar nesta tarefa.
7. Dicas para evitar gritar com os filhos: Admita os seus erros
Enquanto seres em desenvolvimento e “pessoas em construção”, as crianças cometem erros. Mas, se formos honestos, os adultos também o fazem.
Se gritou com o seu filho e considera que esta explosão impulsiva foi injusta ou desproporcional, é muito importante que saiba, também, assumir o seu erro e pedir desculpa à criança. (4)
Esta atitude irá ensinar às crianças a importância do assumir dos seus erros e poderá ajudá-las na expressão dos seus próprios erros, ajudando-as a ganhar competências como a humildade e a empatia.
Como costuma fazer para evitar gritar com os seus filhos? Tem alguma estratégia que possa partilhar com os restantes leitores do Bebé a Bordo? Partilhe a sua experiência pessoal.
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