Quando se fala em amamentação, por norma, fala-se na mamã e na forma como se dá a magia do aleitamento materno. Ainda assim, a amamentação não é (ou não devia ser) uma questão exclusivamente feminina. Saiba qual o papel do papá na amamentação.
Se a sua companheira engravidou e esteve por perto para viver os momentos desta belíssima história, provavelmente não será novidade para si. Do planeamento familiar à gestação, passando pelo parto e pelo recobro, existe um lugar que apenas pode ser ocupado por si e um papel no qual é ator central.
Fazer parte da vida do seu filho começa antes do nascimento… mas não se esgota com o parto. No dia-a-dia, com a receção do seu bebé, será convidado a assumir o papel de cuidador e a integrar, na sua rotina, o mais importante de todos os trabalhos que já teve: o de ser pai.
Em alguns momentos, perante a profundidade e complexidade da presença feminina no cuidado do bebé, poderá sentir que este é um espaço que lhe está vedado. Ainda assim, se vir com atenção, é comum que as mamãs desejem e apreciem a sua interação em todos os momentos da vida do bebé e da sua própria vida maternal.
Claro que, perante as noções preconceituosas que socialmente vigoram e que remetem o cuidado dos filhos para a feminilidade, tanto mulheres como homens possam sentir alguma inibição no que respeita à partilha deste tipo de tarefa e de momento. Ainda assim, cada vez mais, assistimos à quebra do estereótipo.
Tarefas relacionadas com a higiene, a saúde, o cuidado e a alimentação do bebé começam a ser, também, uma parte dos dias do papá.
Assim, faz sentido que a amamentação seja, também, um momento a três, no qual o pai possa estar presente e ir ao encontro dos desejos da mamã e das necessidades da criança.
Hoje, escrevemos para vocês, os papás… para que saibam qual o papel que podem exercer no momento do aleitamento e como podem enriquecer a relação com as vossas esposas e os vossos bebés.
Acompanhe-nos para saber o papel do papá na amamentação.
1. Ser “papá”
O papel dos pais no cuidado dos filhos após o parto tem sido largamente estudado e, segundo revela o resultado das pesquisas, são cada vez mais os homens que assumem uma postura ativa na criação dos seus bebés.
A partilha das tarefas da casa, aliada ao apoio à mamã e ao próprio cuidado da criança ajudam na construção de um vínculo paterno que vai além dos limites socialmente perpetuados que remetem o pai para as funções de progenitor e responsável sustento económico familiar.
Ao envolverem-se e partilharem a experiência do cuidado da criança, um “pai” transforma-se em “papá”, criando laços mais fortes com a criança e também com a sua esposa.
A longo termo, este tipo de atitude pode fazer com que a relação entre o casal e também com o filho se tornem mais estáveis e positivas, impulsionando uma vivência mais completa e feliz para todos os envolvidos.
2. Os efeitos positivos do envolvimento
No que diz respeito ao impacto que esta presença mais assídua e completa na criação do filho tem no pai, está provado que existe, efetivamente, uma melhoria física e mental no papá.
Ao estar presente em todos os momentos da vida do filho – desde a troca de fralda, ao posicionamento do bebé durante ao aleitamento ou ao ato de fazer o bebé arrotar – o papá estará a desenvolver um aumento da sua confiança, uma melhoria da autoestima e também uma sensação mais premente e permanente de segurança.
Estudos realizados revelam mesmo que este tipo de participação ativa por parte dos homens pode fazer com que situações de risco – como o consumo excessivo de álcool ou o recurso à violência – reduzam de forma significativa.
Além disto, este envolvimento ajuda também na criação e manutenção de uma rotina de intimidade e compreensão.
3. O papel do papá na amamentação
No que diz respeito ao aleitamento, o papá terá, também, um papel. Embora, obviamente, não possa tomar o papel da mamã no momento da amamentação, o pai pode, sim, fazer ativamente parte deste momento, tornando-se um apoio para a mãe e ajudando-a ao longo do processo.
Para começar, o papel do papá na amamentação passará, também, pela decisão sobre a forma de alimentar a criança, já que o aleitamento materno deve ser uma decisão partilhada, que inclua ambos os papás. As vantagens (e eventuais desvantagens) devem ser faladas, criando um espaço seguro de comunicação entre a mãe e o pai.
Se optarem pela amamentação, o papá deverá assumir uma postura de confiança e proteção. Ao incentivar a mamã, tecendo elogios que demonstrem a sua aprovação e até admiração pela esposa, ele irá ajudar a mulher a sentir-se mais confiante e preparada para amamentar.
Perante uma época na qual é comum que mulheres que amamentam se sintam atacadas por opiniões e preconceitos, é importante que o pai seja um “guerreiro”, ajudando a confortar e apoiar a mamã, para que esta não fique fragilizada perante eventuais comentários negativos.
Em termos mais práticos, o bebé poderá ajudar a colocar o bebé na melhor posição, assumir uma postura vigilante sobre a forma como decorre a amamentação, criar um espaço confortável para que a mamã repouse após a mamada, pôr o bebé a arrotar ou acalmar o seu choro.
Além disto, perante o cansaço da mamã, sendo que a amamentação é um processo belíssimo mas algo desgastante, o pai pode tomar as rédeas de algumas das tarefas domésticas, aliviando, assim, a carga da sua esposa.
Durante todo este processo, é muito importante a interação com o seu bebé, já que esta ajudará à criação do mais especial dos vínculos paternos.
Sabia que a sua presença na amamentação podia ser ativa? Ajudou a sua companheira durante a fase de aleitamento do bebé? Não deixe de nos contar como viveu esta experiência.
Algumas fontes: lifestyle.sapo novemeses revistacrescer nestlebebe
Discordo.
Estão.querendo.assumir.outro.papel.fora.o.masculino.
Desaprovo.e.acho.RIDÌCULO.