O pai também muda a fralda
Este é um artigo para os super-heróis. Para os homens “a sério”.
Para aqueles que não têm medo de entrar na atividade mais radical do mundo. Este é um artigo que não será para todos.
Mas é para os pais. Os que o são. Os que querem sê-lo. A sério, de A a Z, e sem medo de se envolverem.
Foi o poeta e pintor Wilhelm Busch que disse: “Tornar-se pai é fácil. Difícil é sê-lo.”.
Esta frase diz muito sobre as diferenças entre o papel de um progenitor e de um pai. Ser pai é fazer parte da vida, dos dias, dos pequenos momentos.
Mais tarde, será estar lá no casamento, no dia do baile de finalistas, nas festinhas da escola. Mas começa pelo colo, pelo dar a sopinha e, claro… pelo mudar a fralda do bebé.
Um pai não será, pois, apenas o economista, que faz as contas ao quanto vai gastar em fraldas descartáveis, alimentação e educação da criança, embora também possa fazê-lo.
O pai será uma peça fundamental da vida daquele ser que gerou e que veio ao mundo.
E não haverá forma mais pragmática de mostrar que o seu amor é para sempre e a todo o momento, do que aceitar mudar a fralda do bebé.
1. Diários do cocó
Não! Não é propriamente o momento mais bonito da paternidade e, provavelmente, será de nariz torcido que o fará as primeiras vezes.
A muda da fralda irá levá-lo até ao mundo (eventualmente complexo aos seus olhos) das fraldinhas, dos toalhetes e dos cremes.
Irá fazer com que lide com o lado “menos cheiroso” do seu bebé, ao qual costuma gabar o cheiro baunilhado da nuca.
Ainda que as mamãs guardem reticências no momento de ceder aos pais estas tarefas e que, da mesma forma, os homens sintam que este papel lhes é desadequado ou estranho, a verdade é que entrar nesta verdadeira história dos diários do cocó na fraldinha é uma maneira de criar laços de intimidade entre a criança e o seu papá.
Inadvertidamente, o que um pai diz quando aceita o papel que lhe compete nesta atividade menos romântica, é dizer ao filho que vai estar lá para ele, para o amar, para cuidar dele, mesmo nos momentos menos bons.
O que o pai está a dizer ao bebé, ainda que não se aperceba, é que aceita o lado menos bonito dele.
Está, no fundo, a passar uma mensagem fundamental que afetará de forma muito positiva a dinâmica paterna e também do casal: seja para o que for, ele está ali.
2. “Mudam-se os tempos…” muda-se a fralda
Longe vai o tempo em que “homem que era homem” não se dedicava à casa e aos filhos.
Cada vez mais os papás começam a incluir nas suas rotinas as tarefas domésticas e o cuidado paterno, sendo comum vê-los, na atualidade, a dedicarem o seu tempo à limpeza da casa, às compras do supermercado ou à alimentação e troca de fralda dos bebés.
Levados pelas noções de uma era onde a luta pela equidade permanece viva e ativa, tentando afastar os preconceitos dos dias idos, estes homens começam a enfrentar, com coragem, uma nova forma de masculinidade, que inclui uma presença mais forte e marcante na criação da sua prole.
3. Aprender a mudar a fralda
Nem todos os papás sabem, de forma automática, lidar com as fraldinhas do bebé.
Para muitos, a física quântica e a matemática avançada parecem ciências acessíveis em comparação a isto.
Asseguramos que não precisa de se preocupar!
Antes de o bebé nascer, se o papá assim quiser, poderá aprender todas as técnicas nas aulas de preparação para o parto.
Se optar por não o fazer (por falta de tempo ou vontade), a prática e a repetição, juntamente com uma pesquisa rápida e o apoio da mamã, facilmente farão de si um verdadeiro profissional da muda da fralda!
O nosso conselho é, por isso, que largue as ideias pré-concebidas e se lance em cada uma das tarefas que envolvem o seu descendente, permitindo-se criar, com este, uma relação íntima e emotiva.
Um dia, o seu filho (ou filha) vai viver um momento de glória. Nesse dia, estará lá, a seu lado. E dirá, ainda que em pensamento: “ainda ontem lhe troquei as fraldas… olhem para ele agora!”.
GIPHY App Key not set. Please check settings