Grávida pode comer castanhas, está vedada na alimentação da gestante?
Durante a gestação, a mamã adapta-se, gradualmente, às mudanças que vão ocorrendo no seu corpo e também às mudanças na sua rotina.
A dieta da gestante é um dos elementos que, além de levantar muitas questões, tende a sofrer alterações, tornando-se mais nutritiva e saudável. Saiba se pode integrar as castanhas no seu regime alimentar.
Ainda estamos em pleno Verão, é verdade, mas o Outono está à porta e, com ele, há um pensamento que surge: castanhas!
Seja pela tradicionalidade das nossas castanhas assadas na rua ou dos magustos, a verdade é que, quando o Outono chega e nos cruzamos com as castanhas, há algo que nos impele a provar aquele fruto seco.
Mesmo perante o desejo de consumir castanhas, a verdade é que muitas mamãs ficam em dúvida quanto ao consumo deste alimento, sentindo, sobre ele, dúvidas tão intensas como as que sentem sobre as sementes (como a chia ou a linhaça) e o mel.
Surgem, então, várias questões a estas futuras mamãs: será que a grávida pode comer castanhas? A grávida pode comer castanhas assadas na rua? A grávida pode comer castanhas cruas?
Hoje tentaremos responder a estas questões. Acompanhe-nos para saber se a grávida pode comer castanhas.
1. Afinal, o que é a castanha?
Para compreender as razões pelas quais pode (ou não) comer castanhas, é necessário que perceba, primeiro, o que é este alimento.
A castanha, vulgarmente conhecida como fruto seco, é um aquénio proveniente do fruto (ouriço) do castanheiro-da-europa.
Este fruto é altamente nutritivo e relativamente pouco calórico. Estima-se que, por 100 gramas, se encontre neste fruto 45,5 gramas de hidratos de carbono, 37,5 gramas de água e apenas 1,3 gramas de gordura, que resultam em aproximadamente 211 calorias totais.
A elevada quantidade de hidratos de carbono – que se apresentam sob a forma deamiloses e amilopectinas faz com que esta seja uma extraordinária fonte energética.
Estes polissacarídeos permitem o desenvolvimento da flora intestinal e a produção de ácidos gordos. Além disso, as fibras estimulam a presença de bactérias probióticas (Bifidobacterium e Lactobacillus) benéficas no intestino, contribuindo também para a regulação dos níveis de colesterol, ajudando a reduzir os níveis de mau colesterol (LDL), ainda que aumente o bom colesterol (HDL).
Além de ser nutritiva, a castanha está associada à saciedade, uma vez que se trata de um alimento cujos açúcares são de digestão lenta.
Vitaminas (como a E e B6) e minerais fazem também parte da composição da castanha.
2. Castanhas na gravidez
Embora estes dados confiram à castanha características fantásticas e muito positivas para a saúde, a verdade é que as gestantes sentem algumas reticências no momento de avançar para o seu consumo.
Como acontece em muitos alimentos, a castanha não está, de facto, vedada na alimentação da gestante, salvo se esta for alérgica ou existir alguma indicação médica nesse sentido.
Ainda assim, a grávida deverá ter atenção às quantidades ingeridas, uma vez que, como diz o ditado, tudo o que é demais faz dano.
Devido à riqueza nutritiva e à sua composição, quando consumidas com moderação, as castanhas poderão trazer vários benefícios à gestante.
Estas irão ajudar a reforçar a sua imunidade; a eliminar a sensação de cansaço, contribuindo ainda para a saúde óssea e muscular; ajudarão a controlar a sensação de náusea, acalmando o estômago e provendo uma sensação de saciedade; contribuirão para o correto desenvolvimento e crescimento fetal; reduzirão o risco de retenção de líquidos e subsequente inchaço nos membros inferiores; e agirão, ainda, como reguladores emocionais, evitando as variações de humor e conferindo uma sensação de bem-estar.
3. Outros benefícios das castanhas
Além destes benefícios, as castanhas irão, ainda, ser um aliado da futura mamã noutros fatores da sua gravidez.
Devido aos baixos índices de gordura e ao facto de ser essencialmente composta por gorduras mono e polinsaturadas, as castanhas irão ajudar a proteger o sistema cardiovascular, evitando o aumento do mau colesterol.
Este é um alimento sem glúten e cuja composição, rica em magnésio, cálcio e fósforo ajudará a regular a tensão arterial e a manter uma boa pressão arterial.
A presença de ferro e magnésio ajudará a gestante a prevenir e regular eventuais anemias e cãibras. Este alimento é ainda conhecido pelas suas propriedades anti-inflamatórias.
Além disso, a presença da vitamina B9 – conhecida, também, como ácido fólico – ajudará no desenvolvimento neuronal do bebé.
Por fim, um estudo recente realizado nos Estados Unidos da América, em Dana-Farber Children’s Cancer Center (Boston) concluiu que o consumo de castanhas durante a gestação pode ser responsável pela redução do risco de alergias (nomeadamente ao amendoim) na criança.
4. Cuidados a ter no consumo de castanhas na gestação
Apesar dos seus muitos benefícios, existem cuidados a ter no consumo de castanhas. Não fará mal consumir castanhas, em qualquer um dos seus modos de preparação.
Ainda assim, caso opte por comê-las cruas, deve ter em consideração de que poderá sofrer efeitos indesejados (como flatulência ou prisão de ventre). Neste caso, lave-as bem antes de consumir, por uma questão de precaução.
Por fim, ao consumir castanhas, lembre-se de que os benefícios deste fruto seco dependem, em grande parte, das quantidades que ingere.
A moderação é bastante importante, já que esta é altamente rica em hidratos de carbono e, quando consumida em excesso, pode contribuir para o aumento indesejado de peso. Além disso, o seu consumo excessivo está também associado à obstipação.
Consumiu castanhas durante a gestação? Acredita que a grávida pode comer castanhas? Conte-nos a sua opinião sobre esta matéria.
Algumas fontes: lifestyle.sapo answers.ifood.tv healthyfoodcorner terra.com.br
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