Do colostro ao leite materno
São muitas as dúvidas que assomam as recém mamãs, particularmente aquelas que o são pela primeira vez.
Os mais pequenos traços do quotidiano parecem ganhar novas nuances, à medida que o bebé se torna o centro de tudo. Subitamente, no coração materno, começam as questões.
E cada pormenor importa, por mais ténue que seja, no momento de garantir a saúde e o bem-estar da criança.
Uma das questões que frequentemente se enuncia, depois do parto, é sobre a amamentação.
Muitas mamãs estranham a cor ou a textura do leite, questionando se a sua aparência, sabor e espessura serão normais.
Com o avançar do tempo, estranham ainda a alteração na sua consistência e aspeto. Isto cria, claro, alguns medos no coração da mãe.
É para que não tenha estes receios que avançamos, hoje, para uma temática muito especial: a do leite materno e a forma como ele evolui.
Para fazermos esta viagem, iremos focar o colostro e explicar de que forma este se diferencia do leite materno.
Acompanhe-nos para saber tudo sobre esta temática.
1. O colostro
O colostro é o primeiro tipo de leite segregado pelo organismo materno.
Este começa a ser produzido por volta das 20 semanas de gestação e dura por cerca de 5 a 7 dias após o parto.
O seu aspeto é amarelado, o que se deve à presença do betacoroteno, sendo ainda bastante espesso e tomando uma textura cremosa.
Este leite contém diversos anticorpos que ajudam a proteger o recém-nascido, sendo ainda rico em vitaminas, proteínas e sais minerais.
A presença de lactose – que leva à reprodução da lactobacillus bifidus – é grandemente responsável pelo desenvolvimento da flora intestinal do bebé e permite que este comece a ter um trânsito digestivo regular, promovendo a limpeza do tubo digestivo e, consequentemente, evitando doenças e cólicas no bebé.
Apesar de ser um leite mais espesso, este é menos gordo do que o leite que se segue.
2. Leite de transição: Do colostro ao leite materno
Nas primeiras semanas, o colostro começa, gradualmente, a alterar-se.
Antes de se tornar o leite maduro, este passa por uma fase que dura entre uma a duas semanas, altura na qual se torna mais aguado.
Da composição deste leite fazem parte, ainda que em menor quantidade, as imunoglobulinas e as vitaminas lipossolúveis que marcavam, também, presença no colostro, sendo ainda possível encontrar um índice considerável de lactose, lípidos e vitaminas hidrossolúveis.
Este leite vai-se adaptando gradualmente às necessidades do bebé e é bastante mais calórico do que o colostro.
Este leite chama-se leite de transição e esta é, por norma, a fase que mais preocupa as mamãs que, ao notarem a sua textura liquefeita, temem que o leite possa não ser bom ou que não seja nutritivo o suficiente para garantir que a criança fica saciada.
Apesar dos medos, a verdade é que este leite é muito bom para a criança, não devendo a mamã desistir, nesta fase, de amamentar.
3. O leite materno
Depois do colostro e do leite de transição, o peito da mãe começa a produzir o leite materno que a criança tomará durante os meses seguintes.
De textura, aspeto diferentes, este leite é igualmente rico, garantindo o cumprimento das necessidades nutricionais do bebé até à introdução da primeira sopa (por volta dos seis meses).
O leite materno é também conhecido como leite maduro.
O seu aspeto é homogéneo e esbranquiçado, sendo ligeiramente mais espesso do que o leite de transição.
Este leite é composto por vários tipos de nutrientes – lactose, lípidos, proteínas de soro, aminoácidos, e outros – que promovem o desenvolvimento e crescimento da criança.
A produção do leite materno acontece em função das necessidades do bebé e depende grandemente, também, da alimentação da mamã, razão pela qual é importantíssimo que esta mantenha uma nutrição equilibrada e saudável.
Já conhecia a diferença entre o colostro e o leite materno? Estranhou a fase de transição? Conte-nos como viveu esta experiência.
Meu bebê mamou logo cedo e pude oferecer a ele todos os benefícios que o colostro pode oferecer aos pequenos. Recomendo que todas as mães que tiverem essa oportunidade de oferecerem esse alimento completo aos seus filhos que o façam.