Icterícia
É um nome que assusta as mamãs – icterícia.
Sabemos bem que falar deste tipo de condição causa um aperto no peito e um friozinho na barriga, principalmente para quem vive a maternidade pela primeira vez.
Não se assuste!
A icterícia do bebé provoca alguns sintomas e alterações na criança, nomeadamente no que respeita à cor dos olhos e da pele, mas tem um tratamento relativamente simples e, desde que acompanhada, não acarreta riscos de maior.
Neste artigo é sobre esta questão que nos vamos debruçar, para que saiba tudo o que há a saber sobre esta condição que deixa o “bebé amarelo” e não seja apanhada desprevenida no caso de viver algo semelhante.
Acompanhe-nos, então, para saber o que é a icterícia, como se manifesta e quais são as principais formas de tratamento.
1. Icterícia: o que é?
A icterícia é uma alteração provocada pelo aumento de bilirrubina na corrente sanguínea do bebé.
Esta substância, pigmentada e amarela, trata-se de algo natural e orgânico, produzido na sequência do rompimento de algumas células vermelhas.
Esta substância é, por norma, processada pelo fígado e libertada através da urina.
Nos recém-nascidos, uma vez que o funcionamento do fígado ainda não ocorre a 100%, o que acontece é que este processo é mais demorado.
Assim, com as funções hepáticas ainda imaturas, o bebé vê a bilirrubina concentrada no sangue, o que confere à sua pele uma tonalidade amarelada.
Embora possa parecer um fenómeno estranho, a verdade é que, no meio neonatal, isto acontece em cerca de 60% dos recém-nascidos.
Sendo fácil de identificar, a icterícia costuma ser detetada e diagnosticada com rapidez, o que permite, também, o seu controlo e evita que desta situação decorram problemas mais severos.
2. Os maiores perigos
Embora seja invulgar, em casos nos quais o tratamento não ocorre celeremente e nos quais os índices da substância referida são mais elevados do que o usual, pode acontecer que o sistema nervoso da criança seja afetado.
Este caso constitui o pior cenário possível, podendo levar à encefalopatia e, consequentemente, à paralisia cerebral.
3. Caraterísticas da icterícia
Esta doença pode, geralmente, acontecer a partir do terceiro dia após o nascimento da criança.
Quando surge tardiamente, torna-se necessária uma atenção extra ao momento da amamentação, uma vez que um aleitamento insuficiente ou erróneo pode despoletar esta situação.
É ainda necessário considerar que a icterícia tem sintomas comuns com doenças como a hepatite, a rubéola ou a herpes. É, por isso, necessário consultar um especialista para descartar todas estas hipóteses.
4. Tratamentos para a icterícia
Depois de ser diagnosticada, esta condição pode ser tratada de duas formas.
Uma delas, passa por aguardar, de forma vigiada e atenta, a evolução natural e espontânea da situação.
Caso a primeira não surta resultados, é também comum o uso da fototerapia (ou banho de luz), processo que age sobre a estrutura do pigmento, ajudando à sua diluição e eliminação orgânica.
Por norma este é um processo que leva entre uma semana e dez dias.
Embora pareça uma situação muito complexa, a verdade é que a icterícia é uma condição comum entre os bebés e que esta não costuma, por norma, gerar quadros clínicos graves.
Isto não significa, no entanto, que possa descurar a opinião de um especialista quando suspeita que o seu bebé possa sofrer da mesma.
O seu bebé teve icterícia? Como se manifestou? Quais foram os tratamentos utilizados? Conte-nos tudo sobre a sua experiência pessoal e ajude, dessa forma, as mamãs que vivem, agora, a mesma situação.