Diário da gravidez, a construção de uma história de amor
Começa no momento em que vê o resultado positivo no seu teste de gravidez e acompanha-a até ao parto.
Nem toda a gente entende. Mas quem já foi mãe sabe.
É uma avalanche de sentimentos, de sentidos, de emoções.
Uma forma tão nova e intensa de viver os dias que, de repente, a vida parece ser algo que não era.
Mudam os objetivos. Mudam as prioridades. Muda o corpo. Muda o coração.
Tudo parece aumentar, para receber e acomodar um amor maior que o tempo. Na sua cabeça, começam a somar-se as perguntas.
Elas irão nascer nos locais mais inesperados. E terá milhões de ideias. É natural que as sinta como sendo só suas.
Mais ninguém está ali, no seu corpo, a experienciar, à sua maneira, a massa difusa de sensações. Pode ser egoísta quanto a esse sentimento porque ele é verdadeira e completamente seu.
Mas nem sempre é fácil guardar para nós. Pois não?
Quando a emoção nos cresce e vem aos olhos, numa frenética vontade de rir e chorar. As emoções parecem mãos humanas a cutucar as paredes da alma.
E este é o momento em que talvez decida: “vou escrever o diário da minha gravidez”.
O diário da gestação não é um hábito incomum entre as futuras mamãs. Na verdade, o diário da grávida pode ser uma excelente forma de seguir a sua gravidez semana a semana.
Neste artigo iremos, por isso mesmo, falar sobre a intimidade e o uso do diário da gravidez.
1. “A minha gravidez”
Diário da minha gravidez. Muitas mamãs chamam-lhe assim – com o pronome possessivo a enfatizar que é apenas seu e de mais ninguém.
É verdade! Tal como a emoção que sente, o diário da gestação é uma forma íntima e exclusiva de anotar as memórias, as sensações, os medos, os objetivos e tudo o que, ao longo da gestação, lhe parecer pertinente.
Algumas mamãs perdem muito tempo em torno da preparação do “Diário da minha gravidez”.
Decoram o seu caderno, ainda em branco, garantindo que ele se transforma num reflexo da sua vivência enquanto gestante.
É comum que se leia, no exterior, em letras graúdas “A minha gravidez”.
Da mesma forma, é comum que a grávida o mantenha fechado a sete chaves, lembrando que o conteúdo que se forma nos meandros do caderno é apenas seu.
Não sendo muito dadas ao artesanato e às artes plásticas, há também muitas mulheres que optam por comprar o seu diário da grávida numa papelaria ou por encomendar um online.
Flores, motivos natais e laçarotes são alguns dos motivos comuns para este diário, mas, justamente para reforçar a unicidade de cada gestação, algumas mulheres escolhem desenhos ou símbolos que representam a sua própria experiência.
É a sua forma de dizer “é a minha gravidez e falarei dela à minha maneira”.
2. Diário da gravidez, da capa ao conteúdo
Como em tudo o resto, no diário da grávida, o mais importante não é a aparência. Dentro dos limites da capa destes diários nasce uma das mais maravilhosas histórias de amor.
É uma história onde há espaço para os medos, os anseios e as dúvidas.
Uma história onde se exploram as dificuldades perante a mudança do corpo e a oscilação de humores. Uma história onde se fala do crescimento de uma semente cujo fruto será o amor eterno. Escrever esta história nem sempre é simples.
É uma escrita intimista e que irá imortalizar a memória de um dos mais belos períodos da vida da mulher.
Contar ao papel o que sente poderá dar à mulher um conforto único, permitindo que esta extravase, desta forma, o rio de emoções que corre livremente em si.
O diário da gravidez poderá falar sobre tudo o que alegra ou perturba a futura mamã e abrir espaço para que ela possa partilhar, até, coisas que, geralmente (e por medo de represálias), não diria.
É um espaço seguro que fica entre a mamã, a caneta e o papel. Para reler mais tarde, já de bebé ao colo.
3. Diário da gravidez, da intimidade à partilha
O diário da gestação é, por norma, um objeto pessoal e intransmissível.
Ninguém deverá lê-lo, principalmente sem a autorização da sua autora! Ainda assim, em casos excecionais, quando a futura mamã sente que deve fazê-lo, o conteúdo destas páginas pode ser partilhado.
Os recetores destes textos costumam ser apenas familiares muito próximos ou amigos íntimos da futura mamã.
O companheiro, a melhor amiga, a mãe ou a irmã são, por vezes, convidados a entrar no mundo dos pensamentos e emoções da gestante.
Esta é, também, uma forma muito útil de conhecer e compreender melhor todas as reações da grávida ao longo da gestação.
Claro! Por entre a emoção da escrita, é frequente que a futura mamã sinta o desejo de ser lida por outras pessoas, para partilhar vivências e práticas.
É assim que, por vezes, nasce o blog da gravidez, temática que abordaremos em breve!
Escreveria um diário sobre a sua gravidez? Qual é a sua opinião sobre este livrinho de emoções e memórias?
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