Pastéis de nata na gravidez, será que posso comer um de vez em quando?
Durante a gestação, as perguntas sobre a alimentação somam-se, à medida que novos medos e dúvidas começam a atormentar a futura mamã.
Dos chás ao café, passando pelas diversas frutas e legumes, pelo pão, pelo mel, pelas pipocas ou pela tapioca, são muitas as dúvidas sobre o que a mulher grávida pode ou não comer, bem como sobre os benefícios e as desvantagens do consumo de determinados produtos alimentares.
Quando entramos no mundo da doçaria, as questões tornam-se ainda mais prementes, uma vez que existe algum temor no momento de “trair” a mais saudável das dietas ou de vir a sofrer de uma das condições comuns nesta fase da vida, a diabetes gestacional.
Ora, a tradição portuguesa (que começa já a ir além das fronteiras e a chegar ao estrangeiro) dita que o pastel de nata é um doce incontornável da gastronomia.
E, habituadas às idas à pastelaria para comer o pastel de nata, às vezes bate forte o desejo de provar (outra vez) a iguaria e de a saborear em toda a sua doçura.
Como sabemos que este é um pensamento comum, hoje dedicaremos este artigo aos pastéis de nata na gravidez, para que saiba a razão dos medos e quais os momentos e situações em que deve (ou não) ceder à tentação.

1. Pastéis de nata na gravidez: porquê o medo?
Se dissecarmos um pastel de nata, veremos o seguinte: creme feito à base de gema de ovo, farinha (ou amido de milho), açúcar, limão e leite; sobre uma camada de massa folhada.
Esta descrição, embora curta, dará já para perceber os medos da futura mamã: a presença dos ovos, principalmente aliada à textura suave e meio liquefeita do creme remete, de imediato, para o medo de ingerir Salmonellas; o açúcar assusta as mamãs que temem elevar em demasia os índices glicémicos e a massa folhada, feita sempre com uma dose bastante gulosa de gorduras (como manteiga) poderá fazer com que o medo da hipertensão e decorrente pré-eclâmpsia surja na gestante.
Estes medos, embora possam ser um pouco infundados não são descabidos e explicam bem o porquê da fatídica questão: “posso comer pastéis de nata na gravidez?”.
2. A resposta à questão
A resposta poderá surpreendê-la, depois de explanados os medos mas sim, pode comer pastéis de nata durante a gestação, contando que o faça com moderação e ocasionalmente.
Embora se trate de uma iguaria da nossa culinária, o pastel de nata não é dos doces mais calóricos da pastelaria e poderá bem ser, até, um dos que tem menor número de calorias.
Se analisarmos, por exemplo, 100 gramas de um bolo seco como queque ou bolo de arroz ascenderá às 400 Kcal, enquanto que a nossa “nata” terá apenas, por 100 gramas, 290 Kcal.
No que diz respeito à presença dos ovos, poderá também estar bastante descansada!
Para começar, na realização culinária desta iguaria, quando seguindo os passos tradicionais, os ovos utilizados passam por dois tipos distintos de cozedura (no fogão e no forno) e, assumindo que os tempos da receita é respeitado, estes estarão bem cozidos, não havendo riscos no seu consumo.
Além disto, se optar por consumir este doce fora de casa – como em cafés e pastelarias – é possível (e até muito provável) que o creme tenha sido feito através de preparados em pó, o que reduz igualmente os riscos.
3. Opções seguras
O uso deste “creme em pó” no meio industrial pode parecer uma forma muito processada de realizar o pastel de nata mas, na verdade, torna-o bastante mais seguro para a gestante do que a opção caseira.
No caso de desejar realmente cozinhar o seu próprio pastel de nata deve garantir que o ovo coze na totalidade, respeitando todos os tempos de confeção.
Além disto, seja em casa ou noutro local, deve lembrar-se sempre que a natureza saudável dos alimentos está altamente ligada à moderação.
Assim, embora possa comer pastéis de nata na gravidez, faça-o de forma regrada para não correr riscos desnecessários.
Comeu pastéis de nata durante a gestação? Onde costumava comê-los? Conte-nos como viveu esta experiência e se ela a deixou insegura em algum momento.
Algumas fontes:
demaeparamae
women.girlstalkinsmack