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Do meio familiar para o infantário: dicas para facilitar a transição

Do meio familiar para o infantário: dicas para facilitar a transição

A passagem do meio familiar para o infantário nem sempre é simples. A mudança na rotina, o contacto com outras realidades e com outras crianças e o afastamento do ambiente familiar durante o período diurno pode ser impactante, tanto para o bebé como para os seus pais.

Se quer saber como facilitar a transição do meio familiar para o infantário, venha com o Bebé a Bordo conhecer algumas dicas. 

Do nascimento e até à vida adulta, as transições acontecem como parte natural do desenvolvimento humano. Várias etapas irão acontecer, à medida do crescimento, alterando a forma como vivemos e como olhamos e sentimos o mundo em nosso redor. 


Para os mais pequeninos também é assim. A primeira sopa do bebé, a primeira palavra ou os primeiros passos são alguns dos momentos marcantes do começo da vida dos nossos filhos. Mas, além destes, muitos outros marcam o seu desenvolvimento, tanto a nível cognitivo como motor e emocional. 

Um momento importante da vida das crianças – para o qual, muitas vezes, nem o bebé nem os pais estão preparados – é o início da frequência da creche ou do infantário. 

Não é incomum que as mães manifestem algum temor perante esta separação, nem que as crianças sejam deixadas em lágrimas nos braços dos educadores ou dos auxiliares de educação. 

De facto, a transição do meio familiar para o infantário nem sempre é simples, embora seja necessária. Hoje, olharemos para esta temática, para compreendermos melhor a importância da frequência de creches e infantários, as principais dificuldades inerentes a esta transição e as formas de facilitar este processo. 


Se quer conhecer as melhores dicas para facilitar a transição do meio familiar para o infantário, encontrou o artigo certo para si. 

1. A importância do infantário para o bebé

Creches e infantários cumprem um papel muito importante no desenvolvimento da criança. Além de contribuírem fortemente para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, estes espaços de educação ajudam-nas, também, no desenvolvimento de competências sociais fundamentais no quotidiano humano. 


Enquanto espaços dedicados à educação e à prestação de cuidados infantis, estes são largamente escolhidos pelos pais para deixarem os seus filhos ao longo do dia. Assim, embora exista debate sobre o que será melhor para a criança – se ficar com os avós, ama ou infantário– a verdade é que continua a haver uma parcela substancial da população que prefere a creche, estimando-se, por dados de 2010, que a taxa média de ocupação destes espaços em Portugal ultrapasse os 89%. (1

Vários estudos realizados em torno desta questão têm vindo a apresentar aspetos pertinentes sobre a frequência das creches. Um deles, revelou uma relação entre a frequência do infantário e um melhor desenvolvimento ao nível cognitivo e da linguagem, reforçando ainda a importância destas instituições no desenvolvimento cerebral e na prevenção de patologias futuras do foro mental, incluindo a depressão. (2

Tendo como função primordial o cuidado e a educação da criança, como recorda o Concelho Nacional de Educação, o infantário torna-se, então, fundamental para a criança e para o seu desenvolvimento nos primeiros anos de vida. (3

2. Transição do meio familiar para o infantário

Por melhor que a creche seja para as crianças, no entanto, é inegável que o processo de transição do bebé do ambiente familiar para o infantário é complicado para todas as partes envolvidas, sendo comum que tanto a criança como os pais sintam alguma ansiedade nesta fase. 

Além de implicar a separação familiar, a mudança para o infantário apresenta também outros desafios, incluindo a adaptação a um novo meio, a integração em novos contextos, o conhecimento de novos adultos significativos, a partilha de um espaço com outras crianças e a alteração das rotinas diárias. (4

Embora esta adaptação seja diferente de criança para criança, havendo traços de personalidade que contribuem para uma melhor ou pior adaptação, existem vários aspetos importantes na inserção da criança neste tipo de ambiente, o que faz com que se tenha vindo a pesquisar sobre as melhores formas de garantir uma transição suave e uma melhor adaptação da criança ao novo meio. (5

Sendo um processo difícil para os pais e para a criança, no entanto, a verdade é que se trata de um momento importante e que deve ser encarado com naturalidade. Para tal, podem ser implementadas algumas estratégias que ajudam a minorar a ansiedade inerente à transição do meio familiar para o infantário. 

3. Dicas para facilitar a transição do meio familiar para o infantário

A ansiedade sentida pelos pais e pela criança no momento da separação é natural e muito comum. Será igualmente comum que, quando deixar o seu filho na creche, este fique de lágrimas nos olhos e se afaste com dificuldade, sentindo-se emocional e desassossegado com a ideia de o deixar. Isto será, talvez, inevitável. 

Ainda assim, tal não significa que a transição não mereça algum tempo de preparação, para que se minore, tanto quanto possível, o stress que o momento acarreta. 

Deixamos, por isso mesmo, 10 dicas para facilitar a transição do seu filho do meio familiar para o infantário: 

1. Comece a falar sobre a mudança, num tom positivo, algum tempo antes. Isto ajudará a criança a adaptar-se à ideia. 

2. Faça jogos de imitação, recorrendo a fantoches ou a brinquedos, onde simule o contexto de sala de aula e exponha as emoções eventuais que o seu filho possa vir a sentir quando for para a creche. 

3. Mostre-se confiante no momento de levar o seu filho para o infantário. Quando os pais demonstram insegurança, a criança tende a sentir-se, também, mais insegura. 

4. Se a política do infantário o permitir, tente ficar um pouco com a criança no novo espaço durante os primeiros dias. A presença de um adulto significativo irá ajudar a criança a ambientar-se. 

5. Deixe que a criança leve um objeto seu para o infantário. Este objeto – que pode ser um brinquedo ou uma fralda, por exemplo – trata-se do chamado “objeto de apego” e ajuda a criança a ter uma adaptação mais confortável por ter um elemento familiar consigo. 

6. Conte histórias sobre a adaptação de outras crianças mais velhas – como irmãos, primos ou amigos – ao infantário. Por norma, as crianças gostam de saber que farão o mesmo que “os mais crescidos”. 

7. Explique claramente ao seu filho que este vai ficar com outras pessoas, que cuidarão dele e prepare-o para as mudanças na rotina, como os horários da sestinha e das refeições. 

8. Comece a estabelecer vínculos antes da transição, apresentando a criança aos cuidadores ou convidando outras crianças para que vão até sua casa, brincar com o seu filho. 

9. Explique ao seu filho que ele pode contar com os adultos que cuidam dele na creche, incentivando-o a expressar, para com estes, as suas emoções e dificuldades. 

10. Evite, no processo de transição do meio familiar para o infantário, o recurso a estratégias de aliciamento, como presente. Este tipo de ato pode fazer com que a criança associe o infantário a algo negativo, o que dificultará a sua integração. 

Como foi a transição do seu filho do meio familiar para o infantário? Aplicou alguma estratégia para facilitar o processo? Conte às restantes mamãs do Bebé a Bordo como foi, para si, esta experiência. 

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Escrito por Bebé a Bordo

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