Circuncisão do bebé
Quando o bebé nasce, uma questão que pode surgir nos papás diz respeito à circuncisão do bebé.
Esta é uma prática pouco comum em Portugal e, por norma, é apenas quando existe alguma condição física ou uma razão religiosa que os pais e pediatras optam pela realização desta pequena cirurgia.
Ainda assim, a globalização tem, gradualmente, feito com que conceitos diversos integrem o nosso quotidiano e com que novas dúvidas e perguntas apareçam.
Assim, sendo que, nos Estados Unidos da América, a circuncisão é uma prática muito comum, sendo que a maioria dos homens são circuncidados, é por isso natural que o universo televisivo (maioritariamente de origem americana) traga esta questão até outros locais do mundo.
Tendo em consideração as muitas dúvidas que existem sobre a circuncisão do bebé, hoje é sobre esta temática que nos debruçaremos para que saiba em que consiste, quais as situações que exigem esta cirurgia e quais os benefícios e problemáticas associados à mesma.

1. O que é a circuncisão?
Também conhecida como postectomia, a circuncisão diz respeito ao procedimento cirúrgico pelo qual se faz a remoção da pele que cobre a glande: o prepúcio.
Esta prática é bastante comum nas comunidades judaicas e muçulmanas, que a realizam por razões religiosas.
Ainda assim, em países como Portugal, este é um procedimento que deriva, maioritariamente, de casos de fimose.
A fimose é um problema clínico que acontece quando a extremidade do prepúcio é estreita e impede, desta forma, a exposição da glande.
Além desta situação, acontece também, embora seja muito menos frequente, a realização da circuncisão devido a infeções na região da glande.
2. Quando é feita a circuncisão?
Noutros países, é frequente que a circuncisão do bebé seja feita em tenra idade.
Ainda assim, a verdade é que não existe uma regra quanto à idade para a realização desta pequena cirurgia.
Quando é realizada em bebés, esta acontece, por norma, com recurso a um urologista ou cirurgião.
Estes irão fazer a mesma com uma anestesia local e realização o procedimento com facilidade, em alguns minutos.
Em crianças mais velhas, por norma, o procedimento recorre, já, a uma anestesia geral, embora a alta seja, em ambos os casos, célere (por norma, no próprio dia).
3. (Des)Vantagens relacionadas com a circuncisão do bebé
No que diz respeito à decisão de circuncidar ou não o bebé, existem várias vozes, não sendo todas uníssonas.
Pais, especialistas clínicos e pediatras parecem ter opiniões distintas sobre a temática.
Um dos problemas que, durante muito tempo permeou a questão, dizia respeito à potencial perda de potência e sensação de prazer sexual dos rapazes circuncidados.
Esta questão preocupava os pais, que não queriam minar, através desta cirurgia, o futuro sexual da sua prole.
Estudos recentes, no entanto, como o artigo canadiano recentemente publicado no The Journal of Urology, revelam dados que apontam no sentido de que a circuncisão do bebé não tenha, de facto, qualquer interferência na sua sensibilidade peniana.
Além disto, entre as vantagens da realização da circunsisão, existem os defensores de que esta prática possa favorecer a higiene peniana (ideia defendida pela OMS – Organização Mundial de Saúde); e de que pode ajudar a reduzir o risco de contração de herpes genital (como sugere um estudo realizado nos EUA, na Universidade John Hopkins).
4. Uma decisão a tomar
Não havendo nenhuma norma sobre a questão, a circuncisão do bebé é, a menos que alguma condição de saúde a exija, uma decisão a ser tomada pelos pais.
A consulta de um urologista ou do pediatra da criança poderá ser uma fabulosa ajuda no momento de decidir se deve ou não avançar com este procedimento.
Decidiu realizar a circuncisão do bebé? Quais foram as razões que a motivaram a tomar essa decisão? Partilhe connosco a sua experiência.
Algumas fontes