Fertilização in vitro, dos dilemas de fertilidade à conquista do sonho
São muitos os casais que sofrem este dilema: querem ter um filho mas, por alguma razão, as tentativas parecem não surtir efeitos.
É um problema comum e que, felizmente, nos dias de hoje, já conta com a ajuda da ciência para poder ser resolvido.
A fertilização in vitro trata-se de um tratamento para a infertilidade que consiste na fecundação do óvulo em meio laboratorial, sendo que a fertilização do mesmo se dá, portanto, fora do corpo da mulher.
Casais que não conseguem engravidar das formas convencionais têm, cada vez mais, recorrido a este método para conseguirem ter filhos e os resultados estão à vista: são cada vez mais os bebés proveta que se encontram por aí, fruto da ciência e do intenso desejo de ser mãe ou pai.
Neste artigo procuraremos mergulhar no universo desta evolução cientifica para lhe dar a conhecer este método e para que saiba quando fazer a fertelização in vitro e quais os riscos inerentes à mesma.
1. O que é a fertilização in vitro?
A fertilização in vitro é um método laboratorial através do qual se torna possível contrariar a falta de fertilidade de um casal.
Usando os conhecimentos que, ao longo dos anos, se têm conquistado sobre o sistema reprodutor, este meio propõe-se a recolher o sémen masculino e a induzir a ovulação feminina, fazendo a colheita de ambos e realizando a fecundação fora do corpo feminino, em laboratório.
Demora, por norma, cinco dias até que o embrião obtido seja transferido para o útero da mãe, que é mantida em repouso e observação para garantir que ocorre a gestação.
Apesar de apresentar cada vez melhores resultados, a taxa de sucesso deste meio encontra-se nos 40% e os resultados dependem grandemente do casal envolvido no processo.
Na verdade, é comum que o casal precise de fazer mais do que uma tentativa de fertilização in vitro antes de obter o sucesso pretendido.
O processo da fertilização in vitro tem uma duração aproximada de meio mês, sendo necessário passar por algumas etapas.
Numa primeira fase, é feita a estimulação dos ovários através de medicação para que estes possam ser amadurecidos e recolhidos.
Seguidamente, a mulher será sujeita à aspiração dos folículos que contém os óvulos, num centro hospitalar.
Por fim, é recolhido o esperma masculino e este é utilizado para a inseminação.
Passados 5 dias – e assumindo que todo este processo ocorreu sem falhas, o embrião é transferido para o útero da mulher.
O período de repouso após este procedimento dura cerca de duas semanas e tem como intenção aumentar a probabilidade da fixação do embrião ao útero.
Após este tempo é, geralmente, realizado um teste de gravidez sendo que, no caso de este ser negativo, o processo terá de ser repetido.
Embora possa parecer simples, nesta descrição, a verdade é que, infelizmente, na atualidade, este é ainda um procedimento bastante dispendioso e que não pode ser realizado em todos os hospitais.
2. Quando fazer a fertelização in vitro
Antes de se avançar para o processo acima descrito é importante que o casal consulte um especialista para perceber qual é a causa do insucesso das tentativas prévias.
Exames como o espermograma, o ultrassom e a avaliação hormonal serão fundamentais no despiste da infertilidade ou na identificação do problema.
Além destes, também os testes da sífilis, HIV e hepatite B e C são importantes para garantir que nenhum destes é a causa do problema.
Por norma, a fertilização in vitro é recomendada para os pacientes que apresentam uma obstrução nas trompas – obstrução tubária bilateral – o que faz com que o óvulo não consiga chegar até ao útero da mulher.
Quando a causa do insucesso é a infertilidade, seja esta causada pela parte masculina ou feminina do casal, são, geralmente, utilizadas técnicas de tratamento menos complexas antes de avançar para a fertilização in vitro.
Ainda assim, quando nenhuma funciona, este é, geralmente, o último recurso.
3. Efeitos e riscos da fertilização in vitro
Embora se espere que tudo corra pelo melhor, não podemos deixar de falar dos riscos da fertilização in vitro.
Tratando-se de um processo fora do corpo, no qual a transferência para o útero é feita posteriormente, este tratamento tem um pequeno risco de que ocorra uma gravidez ectópica – isto é, fora do útero.
Esta ocorrência, além de não ter os efeitos pretendidos, é muito perigosa para a mulher, podendo mesmo pôr a sua vida em perigo.
Outro risco associado a este tratamento deve-se ao facto de haver mais do que um embrião a ser colocado no útero materno, havendo o risco de criar uma gravidez de gémeos, que será mais difícil para a mãe e fetos, podendo levar a partos prematuros ou mesmo à não subsistência dos bebés.
Também a Síndrome de Hiperestimulação do Ovário está muito associada a este tipo de tratamento, uma vez que, neste, os ovários da mulher são altamente estimulados, causando a sobre-produção de estradiol, o que pode carregar várias complicações para a mulher.
Além dos riscos mencionados, alguns efeitos comuns nas mulheres que realizam este procedimento são o aumento de peso, aumento de retenção de líquidos, desconforto abdominal e alterações alimentares e de humor.
Embora raros, já existiram, também, casos de tromboses, infeções e hemorragias.
O tratamento in vitro trata-se, portanto, de um processo complexo e para o qual deverá procurar um centro hospitalar ou uma clínica de confiança, onde possa ser seguida por uma equipa de ginecologia, urologia e embriologia.
Nestas situações, o melhor será informar-se junto de quem já viveu a experiência.
A sua opinião sobre a fertilização in vitro
Já realizou o tratamento de fertilização in vitro? Como correu todo o processo? Foi bem sucedida? Não deixe de nos contar tudo sobre a sua experiência pessoal!
Ela poderá ajudar quem se encontra, agora, na mesma situação!

