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Higiene oral durante a gravidez, cuidados deve a grávida ter

A higiene oral na gravidez

A higiene oral é sempre de extrema importância mas, durante a gestação, a necessidade de cuidarmos bem da nossa boca torna-se ainda mais importante.

Com muitos mitos e muitas verdades, a higiene oral na gravidez tem vindo a fazer parte de inúmeros debates, tanto nos grupos de futuras mamãs como na própria comunidade científica que, desde há algum tempo, tem dedicado uma atenção redobrada às questões da saúde oral das gestantes.

É no seio desta problemática que hoje mergulhamos, para sabermos qual a importância da higiene oral na gravidez, quais os mitos que se perpetuam e quais os motivos pelos quais o cuidado oral se torna ainda mais imprescindível durante esta época da vida das mulheres.

Acompanhe-nos para saber tudo sobre a higiene oral na gravidez.

1. Os mitos sobre higiene oral na gravidez

Ao longo dos anos, a sociedade criou e perpetuou um conjunto alargado de preconceitos sobre a forma como a gravidez afeta os dentes das mulheres e sobre a maneira como os cuidados orais podem apresentar efeitos nocivos para a gestante e para o feto.

Apesar de os avanços na área da saúde dentária terem minado muitos destes conceitos, a verdade é que alguns permanecem, ainda, entre os medos de muitas das mulheres grávidas.

Falamos, por exemplo, da ideia de que a gravidez enfraquece os dentes. Esta ideia trata-se de um mito.

Embora a ausência de uma higiene oral adequada e a incidência do vómito matinal possam contribuir para o enfraquecimento dentário, a gravidez, isoladamente, não tem o potencial de enfraquecer os dentes ou de criar cáries nos mesmos.

Da mesma forma, a ideia de que o bebé é responsável pela absorção do cálcio dos dentes da mamã aparece associada à sensibilidade dentária que muitas mulheres dizem sentir quando estão grávidas.

Apesar disto (e embora a sensibilidade exista) os bebés não têm a capacidade de remoção do cálcio dos dentes da sua mãe.

Por fim, um dos mitos mais propagados é o de que, durante a gestação, a mulher não pode fazer tratamentos dentários.

Durante a gestação a mulher pode (e deve) fazer visitas regulares ao dentista e irá, com certeza, receber todos os tratamentos dos quais necessite, podendo apenas existir alguma alteração na medicação aplicada.

2. Do mito à realidade

Apesar dos muitos mitos sobre higiene oral na gravidez, existem também muitas verdades nesta temática.

No começo da gravidez, é muito comum que a mulher sinta enjoos frequentes.

Estes enjoos estão frequentemente ligados a vómitos frequentes que deixam a estrutura dentária da gestante em contacto com os ácidos estomacais, o que promove o aparecimento de cáries e o enfraquecimento do esmalte dentário.

Este aumento da acidez leva, pois, a um aumento de Streptococcos Mutans (bactérias) e a uma redução no poder de barreira da saliva.

Ainda associado à gestação está o enfraquecimento das gengivas, provocado pelas alterações hormonais.

Isto leva a que muitas mulheres grávidas sofram de gengivite gravídica, potenciada pela boca mais seca e que leva, muitas vezes, a infeções bacterianas.

Nesta condição, a gestante nota um aumento na hemorragia gengival, bem como um inchaço e vermelhidão na zona da gengiva.

Em alguns casos, esta condição evolui para a periodontite, doença que promove a retração gengival pela perda das estruturas ósseas que suportam o dente.

Esta doença pode levar à queda de dentes e pode ser evitada com uma rigorosa higiene oral.

Outro dos hábitos potenciados pela gestação que pode levar a problemas dentários é o desejo por alimentos doces, que potenciem o aparecimento de cáries.

Por fim, o cansaço pode levar a gestante a descurar a sua higiene oral (principalmente no período noturno) o que faz com que as bactérias proliferem com maior facilidade.

3. A higiene oral e o bebé

Quando a higiene oral na gravidez é deficiente, isto tem o potencial de afetar a saúde da mamã e do bebé.

Eventuais infeções orais ou gengivites podem, depois do nascimento, passar para o bebé com relativa facilidade, através da partilha de objetos ou de um simples beijo.

Doenças como a periodontite podem fazer com que o bebé venha a sofrer de hipoplasia do esmalte.

Além disto, uma alimentação que não privilegie a saúde oral pode fazer com que o bebé tenha uma malformação na sua própria estrutura dentária, sendo imensamente importante uma alimentação saudável a par com uma correta higiene oral na gravidez.

4. Cuidados essenciais

Para garantir que não acontece nenhum azar, a gestante deve garantir que visita o dentista com regularidade (idealmente a cada três meses) para garantir que tudo está bem com a sua saúde oral.

O ideal seria, antes de engravidar, a mulher resolver todos os seus problemas dentários, uma vez que estes serão mais facilmente tratados se não existir qualquer restrição farmacêutica.

A par com as visitas regulares ao dentista, a grávida deverá garantir uma higiene cuidada, lavando os dentes pelo menos três vezes por dia, utilizando fio ou fita dentária e mantendo uma alimentação saudável e equilibrada.

Quais os cuidados que manteve no que respeita à higiene oral na gravidez? Sofreu de alguma condição dentária nesta fase da sua vida? Partilhe a sua história connosco.

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Escrito por Bebé a Bordo

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