A ideia da “palmada educacional” existe há vários séculos. Mas será que a punição física da criança para a educar faz sentido? Venha com o Bebé a Bordo saber o que dizem os estudos.
Educar uma criança é uma tarefa difícil. Tão difícil que existe até um provérbio africano que diz que “é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”.
Os métodos são diversos e muitos defendem que não existem fórmulas mais certas ou mais erradas de educar, sendo que cada mãe e pai tem a sua forma de o ser.
Desejando criar crianças felizes, os pais adotam, muitas vezes, os princípios da educação japonesa ou os princípios do mindfulness na educação. Ainda assim, para muitos, não é fácil conseguir que os filhos se tornem crianças obedientes e respeitadoras.
Se, em alguns casos, a desobediência pode partir de problemas efetivos, como a hiperatividade, noutros casos pode parecer injustificada e levar os educadores a sentirem que estão à beira de perder a paciência.
Nos dias de hoje, a punição física é menos recorrente do que foi em tempos passados, onde esta era, inclusivamente, permitida nas escolas. Ainda assim, a discussão em torno da “palmada educacional” continua a existir e a própria ciência tem tentado perceber os efeitos deste tipo de punição física nas crianças. Saiba mais.
O que dizem os especialistas sobre a punição física
A agressão física é utilizada, várias vezes, para cessar um comportamento inoportuno da criança e fazer com que esta “se porte bem”.
Muitos pais, levados pelo comportamento indesejado dos filhos, cedem ao impulso de conseguirem, desta forma, que a criança se torne mais respeitadora.
Os especialistas na matéria, no entanto, alertam para que esta atitude possa ser nociva para pais e filhos, gerando um ciclo de violência gratuita, que nada traz de vantajoso a longo prazo.
Segundo os especialistas, bater na criança pode até cessar um comportamento no imediato mas não surte resultados efetivos, já que este ato não é explícito na colocação de limites e não indica à criança como deve agir. (1)
Na verdade, o comportamento da criança, ainda que melhore no momento da aplicação da punição, tende a tornar-se pior quando o momento passa e no futuro; criando ainda na criança a ideia de que o seu corpo é propriedade dos pais e podendo gerar comportamentos mais agressivos na sua vida adulta.
Resultados dos estudos
Segundo os estudos conduzidos, além de não dar a oportunidade à criança de ponderar os seus atos, a punição física leva a criança a adequar a sua ação simplesmente por medo de ser punida; o que, segundo os resultados obtidos, gera obediência momentânea mas piora o comportamento da criança a longo prazo.
Além disso, a punição física está relacionada com o aumento do risco de desenvolver comportamentos antissociais e agressivos no futuro, impedindo o correto e saudável desenvolvimento emocional da criança. (2)
Crianças que são punidas de forma agressiva tendem ainda a desenvolver mais problemas do foro mental.
Alternativas à “palmada educativa”
A procura de alternativas para a punição física torna-se muito importante. Deixamos quatro estratégias que pode aplicar para melhorar o comportamento do seu filho, sem precisar de lhe bater: (3)
– Usar o afeto como promotor do respeito;
– Aprenda a ter uma postura de autoridade sem ter uma ação excessiva e que manifeste abuso do poder;
– Permita que a criança sinta as consequências dos seus atos, utilizando essas consequências como forma de justificar o erro da ação;
– Fale com o seu filho e explique-lhe as razões pelas quais deve adotar um bom comportamento.
Quais são as estratégias que utiliza para garantir a boa conduta do seu filho? Concorda com a “palmada educativa”? Conte a sua perspetiva aos restantes leitores do Bebé a Bordo.
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