A idade ideal para mudar o bebé, deixando o quarto dos pais
Nos primeiros meses de vida, provavelmente o bebé irá permanecer no seu quarto.
E é natural que se sinta particularmente segura tendo-o ali, ao seu lado, onde pode agir na primeira nuance de desconforto e atender com rapidez a todas as suas necessidades.
Ainda assim, é importante recordar que, com o avançar do tempo, é importante estimular, na criança, a autonomia e independência adequadas à fase do crescimento em que se encontra.
Habituar-se a dormir sozinho, no sítio que decorou com tanto amor e cuidado, será um passo enorme e de grande importância no desenvolvimento do seu filho.
É natural que se pergunte com que idade deve fazer esta mudança. E a verdade é que não existe uma resposta concreta.
Cada família decide, por si, segundo as suas experiências e tradições, qual o melhor tempo e forma para a criança abandonar o quarto dos pais.
Neste artigo procuraremos explorar um pouco mais esta questão, para compreendermos em que idade deve ser feita esta alteração e qual a melhor forma de o fazer.
1. Conversas de berço: os anseios da mudança
Levar a criança para dormir no seu próprio espaço depois de ter partilhado uma divisão consigo poderá não parecer simples.
Trata-se de um momento de separação, de um “segundo corte do cordão umbilical”.
A noite poderá parecer-lhe mais longa e o sono menos descansado, no medo de que ele chore e não o consiga ouvir. Este é o principal medo das mães (e pais) no momento de trocar a criança de divisão.
São muitos os pais que optam por manter a criança nos seus quartos.
Algumas fazem-no apenas nos primeiros meses. Outras, levadas pelo medo, vão estendendo a data da mudança e protelando a mesma.
Não é conveniente que deixe os medos vencer! A mudança para o quartinho é realmente fundamental para que o seu pequeno possa começar a desenvolver importantes capacidades de independência.
2. Em que idade mudar o bebé
Como já referimos, não há uma idade estipulada para a mudança.
Ainda assim, os especialistas defendem que a idade ideal poderá ser os 9 meses: fase na qual já não existe um risco tão elevado de se verificar a síndrome da morte súbita.
A mudança do seu filho não vai ser simples para ele… ou para si!
O desconforto da separação será sentido por ambos durante a noite e é por isso que deve garantir que é estabelecida uma rotina.
Se a mudança for feita de forma gradual, consistente e muito clara, respeitando horários e normas bem estipuladas, será mais simples o dissipar da angústia causada por este pequeno afastamento.
Claro! Cada criança tem a sua personalidade e o seu tempo.
Para algumas, será bastante simples a adaptação à nova rotina e ao novo espaço. Para outras, parecerá uma verdadeira tortura.
Em qualquer um dos casos, deve garantir que não recua na sua decisão depois de começar o processo: desistir da mudança irá criar ainda mais inseguranças na criança!
Embora, como dissemos, os 9 meses possam não ser norma para todas as famílias, é importante recordar que, a partir dos 3 anos de idade, esta transição se torna garantidamente mais difícil, uma vez que a criança tomou o hábito de dormir na companhia dos pais e a alteração de hábitos poderá levá-la a sentir ansiedade.
Para o evitar deve garantir que a mudança para o quartinho se dá entre os 9 meses e os 2 anos do seu filho.
3. Facilitar a transição
Embora o processo não seja fácil, há maneiras de o tornar menos difícil.
Uma mudança gradual pode passar por várias fases.
Para começar, poderá implementar na rotina da criança, desde cedo, que a hora da sesta seja feita no seu quarto ou simplesmente utilizar o espaço para passar tempo com ele no espaço, realizando atividades que lhe agradem.
Desta forma, ele passará a associar o ambiente do seu local a boas memórias e será mais fácil a habituação a este na hora da dormida.
No momento da mudança, poderá também ajudar à habituação, deitando-se junto à criança durante algum tempo e saindo, cada vez mais cedo, até ao dia em que não precisará de se deitar.
Para o fazer sentir mais seguro, poderá deixar também junto ao seu filho uma peça de roupa que tenha o seu cheiro e deixar acesa uma luz de presença, para que este consiga identificar com facilidade o espaço onde se encontra.
Se o seu filho tiver um objeto de eleição (frequentemente uma fraldinha de pano ou um animal de peluche) poderá deixá-lo junto a ele.
Isto irá tranquilizar a criança e facilitar o processo.
Não permita exceções! Dormir no seu quarto, ainda que apenas por uma noite, será um gigante retrocesso no processo.
Apesar de eventuais protestos e birras, é importante que reforce a importância da dormida no próprio quartinho da criança.
Sentiu dificuldade na mudança da criança? Com que idade o mudou? Como viveu este momento? Conte-nos tudo! A sua história poderá ser uma mais-valia para quem se encontra, agora, a realizar o processo.

