O parto prematuro e as insónias na gravidez têm, segundo novos estudos, uma relação entre si. Já conhece as novas evidências sobre a forma como as insónias podem aumentar o risco de parto prematuro? Venha saber mais sobre esta questão com o Bebé a Bordo.
A prematuridade é uma das principais causas de mortalidade infantil e, como tal, o objetivo de todas as mamãs é garantir que conseguem levar o seu bebé até, pelo menos, as 38 semanas de gestação (idealmente às 40 semanas de gestação).
Um bebé prematuro é um bebé que estará sempre mais vulnerável, tendo os seus sistemas corporais mais imaturos e tendo maior dificuldade no cumprimento de funções básicas como a respiração, a regulação térmica e a alimentação. (1)
Não será preciso ler a Carta do bebé prematuro para saber que esta é uma situação comum e que marca profundamente a vida de várias famílias.
Várias situações podem ser responsáveis pelo parto prematuro, havendo fatores de risco como uma gravidez múltipla, uma eventual infeção gestacional, a obesidade na gravidez ou a pré-eclâmpsia.
Recentemente, considerando que muitas gestantes têm problemas relacionados com os seus padrões de sono, a relação entre a insónia na gravidez e o parto prematuro foi também estudada, estabelecendo-se, aqui, uma relação.
Se quer saber mais sobre a relação entre o parto prematuro e a insónia na gravidez, não deixe de ler o artigo que preparámos para si.

Parto prematuro: um problema bem atual
Seria de esperar, perante ao avanços médicos, que os partos prematuros estivessem a sofrer uma redução estatística.
Ainda assim, hoje em dia, este problema chega a ser referenciado, pelos especialistas, como uma “epidemia global”, sendo cada vez mais comuns os casos de parto prematuro. (2)
Nos Estados Unidos da América estima-se que morram anualmente 8 mil crianças por nascimentos prematuros (antes das 37 semanas) e, em Portugal, cerca de 8% dos partos (o equivalente a 16 partos diários) são também prematuros.
Quais os riscos da prematuridade?
Os riscos variam de acordo com o tempo do nascimento do bebé. Quanto mais prematura for a criança, maiores os riscos associados a um nascimento antes do tempo.
Um bebé mais prematuro terá uma maior probabilidade de sofrer complicações, já que todo o seu sistema é mais imaturo.
Em casos extremos, um bebé prematuro poderá não reunir as condições necessárias para sobreviver. Por esta razão, a prematuridade encontra-se entre as principais causas de mortalidade em recém-nascidos.
Qual a relação entre parto prematuro e insónias na gravidez?
As insónias na gravidez são um problema bastante comum, afetando cerca de 78% das mulheres grávidas. (3)
Estas insónias podem prender-se com os desconfortos mais comuns na gestação, como as dores nas costas, a ansiedade, a azia ou a obstipação; relacionar-se com o próprio crescimento do ventre; estar relacionadas com as mudanças hormonais ou ter a ver com fatores de ordem psicológica (como ansiedade e a tendência para sonhar na gravidez).
Muito comum, este distúrbio do sono tem vindo a ser estudado. Um estudo realizado na Universidade da Califórnia descobriu recentemente – mediante a análise de uma amostra de 3000 mulheres – que o impacto da insónia na gravidez é significativo no aumento da probabilidade de se vir a ter um parto prematuro.
Quais as razões que levam a insónia a aumentar o risco de parto prematuro?
Mais evidência é necessária para suportar as teorias atuais. Ainda assim, as alterações biológicas promovidas pela privação de sono enquadram as principais suspeitas dos investigadores para o aumento do índice do parto prematuro em mulheres que sofrem de insónias na gestação.
Ao serem privadas de um ciclo de sono regular, acredita-se que a mulher esteja mais sujeita à produção e libertação de cortisol e de outras hormonas responsáveis pelo stress e a ansiedade, o que pode ser responsável por inflamações orgânicas e, assim, promover também o risco de prematuridade. (4)
De que forma a insónia na gravidez aumenta o risco de parto prematuro?
Os investigadores responsáveis pelo estudo da relação entre a insónia na gravidez e o aumento da probabilidade de vir a ter um parto prematuro descobriram que mulheres com problemas relacionados com o sono tendiam a ter a sua hora H até 6 semanas antes do tempo previsto. (5)
Segundo os estudos, a probabilidade de o bebé nascer antes da hora aumenta em cerca de 40% quando a gestante sofre de problemas relacionados com o seu ciclo de sono. Estes problemas incluem a insónia na gestação mas também outros problemas, como a apneia do sono.
E a prematuridade? Será que afeta o sono?
Alguns estudos têm feito a análise contrária, tentando descobrir de que forma os problemas durante o parto e a prematuridade influenciam os padrões de sono ao longo da vida.
A pesquisa realizada parece também apontar para uma relação entre os problemas durante o parto e o stress sentido pelo bebé no nascimento com eventuais distúrbios de sono, não só na infância mas também ao longo da vida adulta. (6)
Já conhecia a relação entre as insónias na gravidez e o parto prematuro? Qual é a sua opinião sobre os resultados destes novos estudos? Partilhe os seus pensamentos com os restantes leitores do Bebé a Bordo.
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