Provavelmente já ouviu falar da gravidez psicológica. Embora rara, esta situação é real e existem mulheres que passam por ela. Sabe o que é a gravidez psicológica? Conhece os fatores que a motivam? E os sintomas? Será que diferem dos de uma gravidez real?
Venha descobrir tudo isto com o Bebé a Bordo.
Para muitas mulheres, esta história começa quase como se a gravidez fosse contagiosa. Uma amiga engravida e o relógio biológico dá o primeiro tic.
Depois o primeiro tac. Surge o desejo de ser mamã.
Há uma relação sexual desprotegida, surgem os primeiros sintomas de gravidez, faz-se o teste.
E, de repente, há uma alegria nova no seio familiar, onde começa uma rotina – muitas vezes acompanhada, também, por um pai grávido – e que leva à concretização: o nascimento de um bebé.
Esta história, que é a melhor história do mundo, não é, no entanto, a realidade de muitas mulheres.
Algumas das mulheres que desejam engravidar (e até algumas das mulheres que realmente não querem ser mães) vivem uma realidade diferente.
A realidade do aparecimento de sintomas e do curso de uma gravidez que, de alguma forma, não é real.
Embora não seja um fenómeno muito frequente, esta é uma questão peculiar e que desperta a curiosidade de muitas pessoas.
Hoje, despertou a nossa e foi por isso mesmo que decidimos lançar-nos na descoberta desta situação, para percebermos o que é a gravidez psicológica, o que a motiva e quais os sintomas que lhe estão associados.
Então, se quer conhecer “a outra história” e saber mais sobre a gravidez psicológica para descobrir quais os seus sintomas e se estes são (ou não) comuns ao de uma gravidez efetiva, venha o Bebé a Bordo saber mais sobre a questão com este novo artigo.
1. Gravidez psicológica: o que é?
A gravidez psicológica, cujo nome clínico é pseudociese, trata-se de uma situação em que o corpo da mulher começa a apresentar uma sintomática indicativa de que a mulher esteja num período gestacional quando, na realidade, não existiu a fecundação de um óvulo ou a formação de um feto.
Este estado do organismo induz o mesmo à apresentação de sintomas diversos, chegando a produzir as hormonas de uma gestação (como o estrogénio e a prolatina) e fazendo com que a mulher acredite verdadeiramente que se encontra grávida.
A pseudociese é categorizada como um distúrbio emocional e trata-se de um problema real que poderá ser de curta duração ou durar os 9 meses da gestação.
Embora seja uma temática muito em voga, a verdade é que a gravidez psicológica é um fenómeno bastante raro, existindo um caso por cada 20 mil gestações.
2. O que motiva a gravidez psicológica?
Ao longo dos anos, os estudos sobre a gravidez psicológica não conseguiram ainda identificar concretamente quais os fatores responsáveis pelo seu aparecimento.
Ainda assim, considera-se que este distúrbio mental é despoletado por estados e problemas psicológicos e emocionais específicos.
Para começar, sabe-se que esta condição surge maioritariamente em mulheres que nutrem um intenso desejo de ser mães ou, pelo contrário em mulheres que temem que tal aconteça.
Esta é uma situação mais comum em pessoas com baixa autoestima, que sintam pressões externas no sentido de engravidarem (por exemplo, de parte da família), que tenham tido vários abortos espontâneos ou que se sintam inseguras no seu relacionamento, temendo situações de abandono.
Outros motivadores podem ainda ser os problemas na vida pessoal, no âmbito do relacionamento ou mesmo no âmbito profissional.
Por norma, a gravidez psicológica só acontece a mulheres que se encontram num estado emocional fragilizado, sendo mais comum, ainda, em mulheres com problemas psicóticos ou de depressão e em vítimas de abuso sexual.
3. Gravidez psicológica: tem os mesmos sintomas de uma gravidez?
Os sintomas de uma gravidez psicológica são um dos elementos que melhor prova o poder da mente humana, já que imitam, na perfeição, os sintomas de gravidez.
Ao longo da gravidez psicológica, a mulher terá a ausência da menstruação, enjoos, aumento dos seios e do ventre e aumento da temperatura corporal.
Outros sintomas, como o aumento da temperatura corporal, o cansaço, a sonolência e os enjoos podem também decorrer desta situação, havendo mesmo casos em que o corpo entra em processo de lactação e as alterações hormonais acontecem, sendo detetados níveis de beta HCG no corpo das mulheres com pseudociese.
Relatos de gestantes afirmam ainda que a grávida sente o bebé mexer no seu ventre e, casos mais severos foram já acompanhados, de mulheres que sentem, inclusivamente, as dores do momento do parto, mesmo sem estarem efetivamente grávidas.
Não havendo qualquer prova de gravidez depois dos exames feitos, já que a ecografia não revela qualquer feto, é ainda relacionada com esta condição a crença absoluta da gravidez desmentida pela gestante; caso no qual poderá ser necessário o tratamento psicológico, mediante a psicoterapia ou, em casos mais graves, com recurso a antidepressivos.
Conhecia os sintomas da gravidez psicológica? Sabia do que se tratava? Conte-nos a sua opinião sobre esta temática.
Algumas fontes: minhavida famivita parents webmd mdsaude sbie donagiraffa
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